mh worker - Jarra - concreto

Um laboratório de 50 m2. Duas mãos no trabalho. Algumas máquinas, três para ser preciso, todas nascidas na década de 1980. E um catálogo que oferece um catálogo de mais de 200 itens. Esta é uma história de esforço, mudança, curiosidade, paixão. E acima de tudo é uma história de tempo. Se você não tem nenhum, esqueça, não é para você. O tempo é o conceito central e o artesanato, uma característica distintiva do projeto, exige muito dele. Pensar, tentar, errar, recomeçar e chegar ao produto final. E começar a criar com o mesmo cuidado e atenção, uma peça de cada vez. Tudo começou em 2004, quando nasceu o projeto MALAFAMILIA, uma marca de streetwear, que tinha o simples propósito de transferir ideias gráficas para camisetas, mas o encontro com a técnica de serigrafia definitivamente mudou as coisas. O tempo faz o projeto crescer e evoluir, com o impulso que a curiosidade e o desafio podem dar. Novas técnicas e o uso de novos materiais são explorados. Vai do papel, com a criação de cartazes de edição limitada, com grafismos únicos e originais, à madeira, com a criação de molduras obtidas a partir de paletes em desuso, aos quais se dá uma nova vida. Conseguimos imprimir em cascas de frutas secas e vegetais, para transformar antigas cartas de tarô em arte, que trazem consigo uma história mágica e sombria. O tempo também flui fora do laboratório. E passa rápido. As interconexões são cada vez mais rápidas, assim como a possibilidade de chegar a uma solução e a um produto acabado, cada vez mais homologado e sem identidade. Tempo é mudança e crescimento, consciência e mutação, e não se pode deixar de lidar com o que se move. MALAFAMILIA traz a centralidade do projeto para o que é sua essência. Ele muda de nome, mas fortalece sua identidade. MH WORKER fala sobre o trabalho de colarinho azul, paciência e cuidado, matérias-primas a serem transformadas, imperfeições. De tenacidade e tempo. Fluindo devagar porque é esse tempo que garante que cada peça produzida seja única. Em um mundo baseado no digital, voltamos a trabalhar com mãos que não têm medo de arranhões, rachaduras e calosidades. A alma com que o projeto nasceu não muda, o artesanato foi e continua sendo sua pedra angular. Não há presunção de ser inovador, mas há a certeza de que em cada produto encontrará algumas daquelas mãos e daquele laboratório, onde o tempo volta a adquirir o seu valor.